Foto:
Na 18ª sessão ordinária de 2025, a Câmara Municipal de Várzea Alegre aprovou, em primeiro turno, em votação em bloco, os projetos de lei que compõem o Plano Diretor do Município, marco legal que passa a orientar o crescimento urbano, o uso e ocupação do solo, o sistema viário e a política de desenvolvimento da cidade para os próximos anos.
A votação ocorreu após cerca de seis meses de tramitação na Casa, período em que as comissões temáticas conjuntas se debruçaram sobre o conteúdo, promoveram reuniões internas e abriram espaço para participação da população e de segmentos técnicos, com realização de encontros e debates.
Foram apreciados em bloco os projetos substitutivos e complementares ao Plano Diretor, dentre eles:
Projeto de Lei Substitutivo nº 021 - Código de Posturas do Município;
Projeto de Lei Substitutivo nº 022 - Lei de Uso e Ocupação do Solo;
Projeto de Lei Substitutivo nº 023 - Lei de Parcelamento do Solo;
Projeto de Lei Substitutivo nº 024 - Código de Obras;
Projeto de Lei Substitutivo nº 026 - normas correlatas ao ordenamento urbano;
Projeto de Lei nº 027 - Plano Diretor Municipal propriamente dito;
Projeto que cria o Sistema Viário Básico do Município de Várzea Alegre.
Os pareceres das comissões temáticas conjuntas foram colocados em votação e aprovados pelo plenário, autorizando a apreciação do mérito e consolidando o entendimento técnico pela constitucionalidade e adequação das propostas.
Presença do secretário de Obras e destaque para construção conjunta Executivo-Legislativo
A sessão contou com a presença do secretário de Obras e Urbanismo, Helânio Leite, convidado a ocupar a tribuna para acompanhar a votação e prestar esclarecimentos, caso houvesse dúvidas técnicas por parte dos vereadores.
Em sua fala, o secretário destacou que o Plano Diretor é uma "ponte para o amanhã", uma lei pensada para os filhos, netos e futuras gerações de Várzea Alegre, reforçando a corresponsabilidade entre Executivo e Legislativo na construção do projeto:
O Plano Diretor é a lei que queremos para o futuro da nossa cidade. Ele foi construído ouvindo demandas, estudando a realidade local e buscando o que é melhor para o povo.
Helânio lembrou que o processo envolveu um longo período de estudos até o envio dos projetos à Câmara, e colocou a Secretaria à disposição dos parlamentares e da população para a fase seguinte, de implantação prática.
Ele também frisou que legislações urbanas não nascem perfeitas e que a Secretaria estará aberta a ouvir sugestões e propor ajustes futuros, sempre que necessário:
o Plano Diretor não tem efeito retroativo: ruas estreitas e situações consolidadas não "desaparecem" com a nova lei, mas as novas intervenções passam a ser orientadas pelo novo marco;
a aprovação marca o início da fase mais complexa, que é a de implementação, exigindo ampla divulgação e conscientização da população.
Vereadores destacam caráter histórico e técnico do Plano Diretor
A presidente da Casa, vereador Menésia Simião (PT), ressaltou que todo o material técnico foi disponibilizado previamente aos vereadores e que o processo tramitou de forma organizada, com interesse e participação dos parlamentares, bem como com acompanhamento direto do setor de planejamento do município.
A vereadora Valdilene Bitu (PSD), fez questão de agradecer aos participantes do processo, destacando de forma especial o cidadão Elenilton Lopes, profissional da área de construção civil, que esteve presente em todas as reuniões, contribuindo com observações técnicas relevantes para o aperfeiçoamento do texto.
O vereador Otoniel Júnior (PSD), classificou a votação como um marco necessário para o município, lembrando que a necessidade de um Plano Diretor já constava na Lei Orgânica desde gestões anteriores. Ele ressaltou:
a complexidade técnica do conjunto de projetos, com muitos conceitos específicos da área de engenharia e urbanismo;
a importância das audiências públicas e do envolvimento de engenheiros, arquitetos, empreendedores e moradores;
o trabalho das comissões na sistematização das propostas, inclusive acolhendo sugestões da sociedade civil e remetendo-as à Secretaria de Obras para análise.
O vereador Alan Salviano (MDB), agradeceu ao secretário Helânio Leite e ao diretor legislativo, Dr. César Júnior, pelo apoio técnico, e ressaltou que o Plano Diretor é um dos projetos mais importantes da história recente do município, por tratar da mobilidade urbana, das construções, do zoneamento e da organização do dia a dia da cidade, com efeitos permanentes.
Ele também lembrou que o texto vem sendo construído desde a gestão anterior, na época do ex-prefeito Zé Helder, e agora é consolidado pelo atual governo, com a chancela do Legislativo.
O vereador Luiz do Conselho (PSB), reforçou a necessidade de, após a aprovação, o município e a Câmara produzirem material de divulgação, como uma cartilha com os principais pontos, para orientar a população, técnicos e empreendedores, dado o grande volume de páginas e a complexidade dos temas tratados.
Participação popular e importância da conscientização da sociedade
O vereador Joaquim Gabriel (PP) destacou o compromisso da comissão temática com a análise detalhada dos projetos, relatando que os artigos foram lidos e debatidos um a um, com busca de soluções jurídicas e urbanísticas que melhor se adequassem à realidade local. Ele reiterou a importância da participação de cidadãos como Elenilton Lopes e lembrou que a comissão esteve, desde o início, aberta a contribuições de qualquer interessado.
O vereador Michael Martins (PSB), afirmou que o Plano Diretor representa um capítulo à parte na história de Várzea Alegre, por não ser apenas um conjunto de papéis, mas uma legislação que gera direitos, deveres e obrigações para o poder público e para os cidadãos.
Ele ressaltou que:
a implementação trará grandes desafios, tanto para a gestão quanto para a sociedade;
não basta ter leis: é necessário que a população queira cumprir e compreenda o objetivo das normas;
em áreas como o manejo de lixo, uso correto dos espaços públicos e respeito aos recuos e padrões construtivos, a mudança de cultura será determinante para o sucesso do Plano Diretor.
Michael sugeriu, inclusive, que a Câmara, por meio de sua comunicação institucional, e o Executivo promovam campanhas educativas, como spots em rádio e conteúdos informativos, para orientar os cidadãos sobre as novas regras.
Aprovação em primeiro turno e encaminhamento para segunda votação
Após as manifestações dos vereadores e as considerações técnicas do secretário de Obras e Urbanismo, a presidente colocou em votação, em bloco, os projetos que compõem o Plano Diretor.
O resultado foi a aprovação em primeiro turno, com todos os votos favoráveis,
exceto a abstenção do vereador Michael Martins, que registrou em plenário que pretende apresentar emendas antes da segunda votação, para manter a coerência com sua posição.
A presidente agradeceu a presença do secretário Helânio Leite e convidou-o a retornar na próxima sessão, quando o Plano Diretor será apreciado em segundo turno, para seguir prestando esclarecimentos e contribuindo com a consolidação desse novo marco legal.
Com a aprovação em primeiro turno, Várzea Alegre avança para a etapa final de votação do seu Plano Diretor, instrumento fundamental de planejamento urbano, desenvolvimento sustentável e ordenamento do território municipal.
Foto: Fábio Oliveira
Há 2 dias
Há 4 dias
Há 6 dias
Há 6 dias
Qual o seu nível de satisfação com essa página?